



Meditação não é para você? 7 dicas para te convencer do contrário
Talvez você queira meditar, mas é muito ocupade. Ou então se dispersa facilmente. Você acha que leva muito tempo, ou então que está fazendo algo errado. E talvez você tenha “certeza” que meditação não é para você, porque é muito agitade e distraíde.
Saiba que as “desculpas” que nós, humanos do séc XXI, damos para não meditar são as mesmas de 5000 anos atrás – e fazemos isso mesmo sabendo que esse hábito pode mudar as nossas vidas.
1- Encontre sua professora ou professor
Existem grupos presenciais, mas em tempos de COVID existem muitas aulas online e professores de diversas linhas de meditação que ensinam virtualmente. Para conhecer a meditação sob a luz do Vedanta eu indico a professora Gloria Arieira do (Vidya Mandir) e o professor Patrick Van Lammeren.
As minhas professoras Valentina Asmus e Martina Heuser do Mysore Yoga Porto Alegre fazem grupos de meditação eventualmente e seguindo elas vocês veem quando forem acontecer novamente.
2- Fique confortável
Meditar já é difícil, então reduzir dores, pernas adormecidas, desconfortos é ideal – especialmente no começo. Sinta-se à vontade para pegar uma cadeira com apoio para as costas, sentar-se com os joelhos em um ângulo de 90 graus e manter os pés apoiados no chão.
A partir daí, é muito mais fácil sentar-se ereto. E pense nisso como rodinhas: se os músculos das costas começarem a doer, você pode relaxar na cadeira. Mas praticar essa postura ativa tornará tudo mais fácil se você decidir começar a sentar no chão em algum momento.
3- Crie e arrume seu espaço
Uma dica é aproveitar uma sacada ou janela que possa aproximar você da natureza. Ou então escolher um cantinho onde você tenha presença de plantas na sua sala de estar mesmo. O importante é ser limpo, confortável e ter uma energia que você curta.
Se cerque de plantas, incensos, velas, almofadas e, se precisar, até uma cobertinha – tudo o que for preciso para se sentir como um lugar onde você deseja passar algum tempo. E a partir daí pode tentar dedicar esse espaço para ser o único canto organizado do seu apartamento. A chave é descobrir o que faria você querer estar lá.
4- Monte seu altar
Mas, como tudo na prática de meditação, o que você coloca no altar depende totalmente de você. É sobre o que parece certo para sua abordagem única. Então, claro, você pode comprar um Buda – mas apenas se quiser e sentir que se conecta com ele e com a história dele.
Se, por definição, ALTAR é um lugar de adoração. Faça desse altar o lugar de VOCÊ SE ADORAR, em primeiro lugar.
5- Experimente um aplicativo, meditação guiada ou grupo
Outros aplicativos, vídeos ou “canais” no Spotify podem ser melhores para meditadores mais experientes em busca de treinamento específico. Por exemplo, a professora Gloria Arieira, que eu citei no primeiro tópico, tem uma playlist incrível com meditações guiadas à lua de Vedanta no Spotify.
Além desses, indico o Insight Timer que tem infinitas meditações guiadas (isso até é um perigo porque são opções até demais) mas eu, particularmente, uso quando preciso “controlar” o tempo da meditação e não posso ultrapassá-lo. Ele tem sons gostosos de sinos, bowl tibetano, basu, gongo entre outros e você pode colocar marcações de tempo para ele te avisar, de forma leve, quando você completou o tempo de meditação estipulado inicialmente.
6- Encaixe na sua rotina
Tradicionalmente, se diz que o horário antes do nascer do sol, Bhrama Muhurta (horário de Bhrama – Deus), é o horário mais auspicioso para as práticas espirituais. Mas como também diz a minha professora, Valentina Asmus, “toda ação é meio de prática” então independente da hora, o melhor é praticar.
As escrituras indicam o final do dia também como um horário auspicioso. Indicam inclusive que, se pudermos, meditar em AMBOS os horários seria o ideal. Mas vamos com calma.
7- Comece pequeno
É fácil ficar empolgado nos primeiros momentos. Não seja ambiciose demais. Comece com algo totalmente administrável e que você possa sustentar com alguma consistência por um bom tempo.
Construa um schedule, com seus compromissos diários e encaixe sua meditação em 10 minutos desse seu dia. Faça isso por um mês, todos os dias. Se falhar, comece de novo. Depois de meditar 10 minutos, todos os dias, por um mês, aumente mais um pouquinho. E assim por diante. Esse é só um exemplo, mas diga para sua mente e para o seu corpo onde você quer chegar – e mostre a eles quem é que manda! 🙂
E lembre-se que 10 minutos de meditação por dia é muito mais do que zero minutos de meditação por dia.